Menos é mais

Viver com simplicidade, deixar a correria de lado, sentir o vento bater no rosto, olhar e admirar a vista da janela sem pressa, respirar, perceber o ar que entra em seu corpo. Tudo isso parece um tanto entediante para você? Pois saiba que muitas pessoas estão se tornando adeptas do Slow Life, trocando a correria do dia a dia por um pouco de tranqüilidade.

Tudo começou na Itália em 1986 quando um grupo de manifestantes fizeram um movimento contra a abertura de uma loja da rede Mc’Donalds, usando tigelas cheias de macarrão como arma, eles protestavam contra as comidas dos fast foods que fazem mal a saúde e ao meio ambiente. Na Europa o conceito do Slow Life tomou forma tendo como base a valorização da vida com menos stress poupando energia e recursos naturais para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável. Países que viveram a prosperidade econômica ás custas do desequilíbrio social e da poluição ambiental buscam alternativas para um futuro melhor.

A prática da Slow Life tem alguns princípios básicos como: caminhar, para ficar em forma e reduzir acidentes de trânsito e a poluição; apreciar a cultura gastronômica local evitando as comidas de fast food; cuidar das florestas, com empreendimentos sustentáveis; dedicar menos atenção às conquistas acadêmicas e incentivar a sociedade a apreciar as artes, os hobbies e os esportes e poupar recursos e energia.

O tempo ocioso, ou tempo livre,  também deve ser aproveitado com qualidade. O sociólogo italiano, Domenico Di Masi, autor do livro O Ócio Criativo, defende que não há razão nem vida longa aos workaholics, mesmo porque o desemprego ronda a globalização como urubu em torno de carniça e a mão-de-obra humana está sendo substituída por máquinas. E o tempo livre que foi delegado à humanidade ou conquistado por ela pode e deve ser bem aproveitado. “As pessoas, consumidas pelo trabalho, não percebem como aproveitam mal seu tempo livre. Não lembram sequer que têm direito a ele”, diz Di Masi. O ócio pode elevar-se para a arte, para a criatividade e para a liberdade.
O Slow Life significa principalmente a retomada da simplicidade de viver e conviver.

 

Até a próxima!  

 

Comercial das Havaianas, Menos é Mais: http://youtu.be/G8aDobXEtrQ

 

Uma resposta to “Menos é mais”

  1. Daniel Ladeira Says:

    Iara,

    Parabéns por essa brilhante coluna!
    Acredito que “menos é mais” é uma necessidade e não uma tendência.
    Digo mais, o ritmo de vida no qual vivemos não é um problema qualquer, é sim um problema de saúde pública.
    Como é difícil sair desse ciclo vicioso.
    Beijos

    Dani

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